Abstract

O artigo discute as práticas e representações em torno do sagrado feminino, a partir de uma análise dos Círculos de Mulheres, espaços de comunhão onde se desenvolve uma sociabilidade feminina positiva, informada pela cosmovisão da religião Wicca, porém desprendida de uma religião em particular, já que a participação no círculo não é restrita a mulheres wiccanianas. A pesquisa se fundamenta em observação participante realizada junto aos rituais do Círculo de Mulheres Ísis-Afrodite em Belém, Pará. O artigo tem como objetivo descrever os significados atribuídos pelas participantes desse círculo aos aspectos relacionados ao feminino, como a menstruação, o cuidado e os trabalhos manuais

Highlights

  • Universidade do Estado do ParáResumo: O artigo discute as práticas e representações em torno do sagrado feminino, a partir de uma análise dos Círculos de Mulheres, espaços de comunhão onde se desenvolve uma sociabilidade feminina positiva, informada pela cosmovisão da religião Wicca, porém desprendida de uma religião em particular, já que a participação no círculo não é restrita a mulheres wiccanianas.

  • O artigo tem como objetivo descrever os significados atribuídos pelas participantes desse círculo aos aspectos relacionados ao feminino, como a menstruação, o cuidado e os trabalhos manuais.

  • Palavras-chave: Wicca; Círculo de Mulheres; menstruação; sagrado feminino; modernidade.

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Summary

Universidade do Estado do Pará

Resumo: O artigo discute as práticas e representações em torno do sagrado feminino, a partir de uma análise dos Círculos de Mulheres, espaços de comunhão onde se desenvolve uma sociabilidade feminina positiva, informada pela cosmovisão da religião Wicca, porém desprendida de uma religião em particular, já que a participação no círculo não é restrita a mulheres wiccanianas. O artigo tem como objetivo descrever os significados atribuídos pelas participantes desse círculo aos aspectos relacionados ao feminino, como a menstruação, o cuidado e os trabalhos manuais. Palavras-chave: Wicca; Círculo de Mulheres; menstruação; sagrado feminino; modernidade. Durante séculos a cultura judaico-cristã estigmatizou o sangue menstrual como algo sujo, percebido como símbolo perigoso de um poder feminino que se desejava apagar. Nem sempre o sangue menstrual foi considerado símbolo de sujeira e fragilidade. Especula-se que na pré-história os aspectos ligados ao ciclo reprodutor feminino eram considerados um símbolo de poder. Testemunhos dessa suposta Era de Ouro da mulher poderiam ser encontrados nas estatuetas chamadas de “Vênus do Paleolítico” e no culto a inúmeras deusas da fertilidade dos povos agrícolas: Os historiadores culturais concordam que o período inicial da agricultura foi um tempo relativamente harmonioso.

DANIELA CORDOVIL
Considerações Finais
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