Abstract

Este artigo focaliza o perfil do iconógrafo que recebe o dom de escrever um ícone e mostra a importância da fé como fonte de inspiração na produção artística. O texto dividido em duas partes ressalta a arte como possibilidade de encontro e comunhão com o Divino. A primeira parte oferece uma reflexão sobre os requisitos do iconógrafo, artista que presta um serviço para humanidade tornando possível a irrupção do Divino no mundo através de um talento recebido e cultivado em sintonia com a Igreja. Segunda parte destaca a função ética e social da arte iconográfica, sua relação com a vida litúrgica, tendo como justificação o mistério da encarnação, rico horizonte de temáticas artísticas. Ressalta-se a espiritualidade do artista e sua dimensão contemplativa para que a obra de arte seja realmente uma mensagem divina. O iconógrafo e sua obra de arte devem estar a serviço da verdade.

Highlights

  • The focus of this paper is the profile of the iconographer who receives the gift of writing an icon and shows the importance of faith as a source of inspiration for artistic production

  • The text is divided into two parts, and emphasizes the arts as a potential encounter and communion with the Divine

  • The first part offers a reflection on the requirements a iconographer has to deal with, an artist who provides services to the humanity making possible the Divine's irruption in the world through a talent received and cultivated in harmony with the Church

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Summary

O iconógrafo: um artista diferente

O Leitor, na obra História Eclesiástica, apresenta um relato a respeito de Genádio, Patriarca de Constantinopla, sobre o perfil do iconógrafo e seus requisitos: A um pintor que pintava a imagem de Cristo, o Senhor, as mãos ficaram paralisadas ao realizar uma encomenda de Zeus. Os desafios do mundo contemporâneo que atingem o patrimônio religioso e espiritual dos cristãos católicos, de forma especial, uns dos últimos acontecimentos no Brasil, também sensibilizam a Igreja e seus pastores a se posicionarem com firmeza e coragem diante de tanta banalização e vulgarização das imagens sagradas. Seríamos ingênuos ao pensar que esses últimos episódios (Exposição Queermuseu no Santander Cultural em Porto Alegre – RS, o artista nu que rala a imagem de Nossa Senhora Aparecida durante ‘perfomance’, em Brasília), dada à sua natureza e à evidência dos seus objetivos, não são apenas verdadeiros crimes de vilipêndio, o que já seria muito grave, pois o próprio Código penal os tipifica assim (Artigo 208). Por tudo isso é que o iconógrafo é considerado um artista diferente, pois não basta só produzir, mas se exige a transmissão de uma fé profunda no relacionamento com o mundo divino

Perfil e personalidade do iconógrafo
Função ética e social da arte iconográfica
Iconografia: uma missão divina no coração da Igreja
Iconografia: uma experiência de fé
Ícone e liturgia
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