Abstract

O artigo analisa elementos importantes do processo de urbanização do Oeste do Paraná, que na década de 30 foi objeto de estímulos do governo brasileiro pela colonização da região. O estudo demonstra que houve uma política de habitação promovida dentro do Parque Nacional do Iguaçu entre os anos 1939 a 1980. Apenas após a obrigatoriedade legal de plano de manejo é que o governo federal, por meio do INCRA passou a atuar efetivamente limitando a propriedade nessa área, ocasionado a remoção de diversas famílias que moravam no parque.  Infere-se por esse estudo de que as leis que proíbem a habitação no parque não consideraram os efeitos práticos e sociais relativos aos estímulos colonizatórios da região, especialmente os oriundos da “Marcha para o Oeste”, o qual foi uma política de Estado, implementada pelo governo de Getúlio Vargas, no Estado Novo. Isso criou contradições entre os objetivos preservacionistas versus conservacionistas do Parque Nacional do Iguaçu, repercutindo num espaço de conflitos socioespaciais, produzidos na esfera das políticas públicas de contornos fragmentados e mal implementados.      

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