Abstract

Neste texto, resenhamos o simpósio Gestão de dados linguísticos que ocorreu em 21 de julho de 2020 como parte do evento Abralin ao vivo – Linguists online, organizado pela Associação Brasileira de Linguística. Nessa atividade, mediada por Raquel Meister Ko. Freitag (Abralin/UFS), os pesquisadores Elisa Battisti (UFRGS), Aluiza Araújo (UECE), Iandra Silva Coelho (IFAM), Marco Antônio Martins (UFSC), Marta Farias Sousa (UFS) e Rodrigo Lopes (UNICAMP) discutiram os aspectos éticos e legais da coleta, armazenamento, tratamento, o uso de ferramentas adequadas, análise e o método da constituição dos bancos de dados linguísticos. As discussões sinalizaram a necessidade de um repositório unificado que poderia ser gerenciado pela Abralin, a fim de possibilitar a comparação entre diferentes variedades do português brasileiro e replicação de estudos, de modo a contribuir para o desenvolvimento dos estudos linguísticos no Brasil e proporcionar uma prática científica transparente, de acordo com o que propõe o movimento Ciência Aberta.

Highlights

  • Neste texto, resenhamos o simpósio Gestão de dados linguísticos, que ocorreu em 21 de julho de 2020 como parte do evento Abralin ao vivo – linguists online

  • We review the symposium Management of linguistic data that took place on July 21th 2020, as part of the event Abralin Linguists Online

  • Os pesquisadores Elisa Battisti (UFRGS), Aluiza Araújo (UECE), Iandra Silva Coelho (IFAM), Marco Antônio Martins (UFSC), Marta Farias Sousa (UFS) e Rodrigo Lopes (UNICAMP) discutiram os caminhos para gestão dos dados utilizados em estudos linguísticos orais e escritos

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Summary

Como ficam os grupos minoritários e variedades sub-representadas?

No Brasil, a coleta de dados para fins de pesquisa nas Ciências Humanas e Sociais foi normatizada pela Resolução 510/2016, que considerou que a prática científica deve ser pautada por princípios éticos. Além da declaração de consentimento e assentimento, na prática sociolinguística, por exemplo, é comum que os participantes também preencham fichas sociais com informações sobre moradia, escolaridade e renda, dados que, de acordo com os princípios elencados acima devem ser resguardados. Apesar dos benefícios trazidos por essas diretrizes, Freitag levantou os seguintes questionamentos: como operar de acordo com o que propõe o movimento Ciência Aberta e salvaguardar a identidade dos informantes, conforme estabelecido pela Resolução 510/2016, considerando que os dados analisados nos estudos linguísticos muitas vezes contêm informações pessoais? Apesar dos benefícios trazidos por essas diretrizes, Freitag levantou os seguintes questionamentos: como operar de acordo com o que propõe o movimento Ciência Aberta e salvaguardar a identidade dos informantes, conforme estabelecido pela Resolução 510/2016, considerando que os dados analisados nos estudos linguísticos muitas vezes contêm informações pessoais? Como tornar os dados acháveis, acessíveis, interoperáveis e reutilizáveis se, no Brasil, não há um repositório unificado onde todos os pesquisadores que trabalham com descrição linguística possam armazenar seus dados? Diante dessa situação, a Associação Brasileira de Linguística poderia se responsabilizar pela criação e gestão desse repositório? Caso sim, como ele seria gerido? Seria viável estabelecer uma taxa para aqueles que tivessem interesse em acessar os dados? Qual seria o status de autoria desses dados? Foi a partir deles que as discussões expostas na próxima sessão foram realizadas

Gestão de dados linguísticos em bancos de dados brasileiros
Discussão e direcionamentos
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