Abstract

Este estudo tem como objetivo analisar o papel dos fatores políticos e sua relação com os fatores mercadológicos no processo de internacionalização de empresas multinacionais. Este estudo de caso processual permite que a dinâmica do fenômeno seja analisada em três níveis: o ambiente nacional, setorial e organizacional. É realizada uma revisão teórica sobre a empresa multinacional e sobre o papel dos fatores políticos. Posteriormente, é descrito e analisado o processo de internacionalização de uma empresa portuguesa de capitais públicos, a - Energias de Portugal (EDP). Conclui-se que a posse de capacidades e recursos técnicos e de know-how para a entrada e consolidação da empresa no Brasil foram condições necessárias, mas não suficientes para viabilizar o processo de internacionalização da EDP no Brasil; e que a história da EDP no Brasil representa o caso de uma empresa oriunda de um país com estabilidade institucional que desenvolveu novas capacidades para lidar com o ambiente político e mitigar o risco.

Highlights

  • This study aims at analyzing the role of political factors and their relation to market factors in the internationalization process of multinational companies

  • A análise do caso da Energias de Portugal (EDP) revelou que fatores políticos em todos os três níveis estudados tiveram papel relevante para a consecução e viabilização do processo de internacionalização da empresa no Brasil

  • IPO da Energias de Portugal (EDP) do Brasil – Abertura do capital da companhia com oferta pública de ações no novo mercado da BM&F Bovespa e capitalização das dívidas em dólar da Escelsa

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Summary

Teorias da empresa multinacional

O processo de internacionalização de empresas tem sido alvo de estudos que procuram descrever e explicar a dinâmica desse processo. Por meio de três estudos de caso realizados em diferentes setores e países, Frynas Mellahi e Pigman (2006) mostram diferentes relações causais entre os recursos políticos e as vantagens de pioneiro e apontam como estratégias não mercadológicas podem ser utilizadas de forma bem-sucedida pelo primeiro a entrar em um mercado internacional, assim como podem também ser utilizadas por entrantes tardios para neutralizar as vantagens do pioneiro. A empresa objeto deste estudo, a Energias de Portugal (EDP), se apresentou como um caso interessante, pois está incluída no conjunto de empresas portuguesas, no qual se incluem a Portugal Telecom, a Cimpor (atua no segmento de cimento) e a Brisa (atua na gestão de autoestradas), que aproveitaram as potencialidades de uma conjuntura baseada em dois aspectos convergentes: por um lado, a política do governo português em promover a internacionalização da economia coincidindo com o período de privatizações no Brasil; e, por outro, o interesse e as estratégias dos principais grupos empresariais em iniciarem o processo de internacionalização. No nível organizacional, recursos políticos da firma permitem adoção de estratégias de pressão e influência que garantem à firma tratamento preferencial pelo governo, ganhos assimétricos de novas legislações e acesso aos recursos do país (FRYNAS, MELLAHI e PIGMAN, 2006; WAN, 2005)

Análise dos Resultados
EDP Escelsa
Os fatores políticos
Non Market Factors Organizacional
Parceria com Petrobras ampliar parque gerador Brasil
Principais Atividades

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