Abstract


 
 
 
 Nos últimos anos o pensamento espacial foi incorporado como temática a ser estudada na educação geográfica brasileira, o que nos recobrou enorme responsabilidade teórica e metodológica no movimento de compreendermos em que medida ele pode ser uma habilidade a ser desenvolvida e de que modo ele atua como dimensão participante na construção do raciocínio geográfico. Partimos das definições das teorias que fundam o pensamento espacial (GOLLEDGE & SPECTOR, 1978 , LIBEN & DOWNS, 1989, TVERSKY, 1981, entre outros) antes de sua síntese no relatório do National Research Council (2006) para elaborar um relacionamento entre os campos de conhecimentos coerente diante da geografia brasileira e das necessidades que nossos professores e jovens têm, defendendo o pensamento espacial como um conteúdo procedimental-conceitual (Zabala, 1999). Apresentaremos por fim essa ideia dialogando diferentes campos epistêmicos e situações, como possibilidade de contribuição teórica e prática para a Educação Geográfica, reforçando a linguagem cartográfica, os sujeitos, suas ações e seus lugares no mundo como parte intrínseca do processo de ensino- aprendizagem em Geografia.
 Palavras-chave
 Educação Geográfica, Raciocínio Geográfico, Cartografia Escolar, Situação Geográfica, Cognição
 
 
 

Highlights

  • Este artigo tem por objetivo fundamental analisar como o raciocínio geográfico, apoiado no estatuto epistemológico da Geografia, pode ser estimulado nas práticas pedagógicas para compreender a realidade, analisando-a a partir de informações espaciais contidas nas representações, relacionando os sistemas de localização com a pergunta “por que as coisas estão onde estão?”

  • Os exemplos de possíveis perguntas são constituídas, em seus enunciados, pelos termos dos campos de conhecimento do raciocínio geográfico, seguindo um processo de aumento de complexidade mediante trabalho com o a situação

  • Spatial thinking in geographical information science: a review of past studies and prospects for the future

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Summary

Os campos de conhecimentos que constroem o pensamento espacial

A questão fundamental que devemos fazer sobre esse campo de conhecimento do pensamento espacial é: quais habilidades dos processos cognitivos devem ser escolhidas para que ele formule perguntas adequadas em ações didáticas coordenadas para responder a uma situação geográfica?. Pressupomos, por consequência, que os processos cognitivos que devem ser escolhidos para elaboração de perguntas em ações didáticas coordenadas são aqueles que propiciem tanto a ação cognitiva em um sujeito dentro de um percurso crescente em níveis de complexidade quanto ao tratamento das informações contidas nos conceitos de relações espaciais e representações espaciais. Dessa maneira, implicam a conexão simultânea de duas escalas (geográfica e cartográfica) e a especificidade dos contextos

Os campos de conhecimentos como possibilidade metodológica
Considerações finais
Referências Bibliográficas
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