Abstract

O consumo de calmantes alopáticos (benzodiazepínicos) possui dimensão social e cultural, e não está restrito a uma relação entre médico e paciente. Objetivamos mostrar, portanto, que o consumo de calmantes é particularizado de acordo com os contextos social e cultural em que seus consumidores estão envolvidos. Buscamos então, utilizando abordagem qualitativa com entrevistas semi-estruturadas, as concepções sobre calmantes alopáticos de 18 mulheres idosas, pacientes psiquiátricas do Núcleo de Saúde Mental do Centro Saúde Escola da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo (FMRP-USP), da cidade de Ribeirão Preto-SP, Brasil, consumidoras de benzodiazepínicos há mais de um ano. Concluímos que o consumo de calmantes está envolvido em uma rede de relações sociais, enredando vizinhos, parentes e amigos. As mulheres entrevistadas mostraram ter autonomia e conhecimento sobre o uso dos calmantes, sentindo-se capazes de utilizar, indicar, oferecer, emprestar, ou não, esses medicamentos, de acordo com suas concepções.

Highlights

  • O consumo de calmantes alopáticos possui dimensão social e cultural, e não está restrito a uma relação entre médico e paciente

  • Using a qualitative approach with semistructured interviews, we search for conceptions about allopathic tranquilizers in 18 elderly women, psychiatric patients attended to in the Mental Health Centre of the Health Teaching Centre at the, University of São Paulo at Ribeirão Preto Medical School, (FMRP-USP), in the city of Ribeirão Preto (SP), Brazil, who were consumers of benzodiazepines for more than one year

  • Investigamos entonces, utilizando aproximación cualitativa con entrevistas semi-estructuradas, las concepciones sobre calmantes alopáticos de 18 mujeres ancianas, pacientes psiquiátricas del Núcleo de Salud Mental del Centro de Salud Escuela de la Facultad de Medicina de Ribeirão Preto de la Universidad de São Paulo (FMRPUSP), ubicado en la ciudad de Ribeirão Preto-SP, Brasil, consumidoras de benzodiazepinas desde hace más de un año

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Summary

Artigo Original

O PAPEL DE MULHERES IDOSAS CONSUMIDORAS DE CALMANTES ALOPÁTICOS NA POPULARIZAÇÃO DO USO DESTES MEDICAMENTOS. O uso de calmantes está envolvido pelas pessoas que circunvizinham o consumidor (familiares, amigos, vizinhos e terapeutas), repetindo ou criando novas maneiras de solucionarem questões relativas à saúde e à doença de acordo com o universo sociocultural do qual fazem parte, (re)produzindo conhecimentos médicos, através do uso da metáfora, uma forma rica de expressão de sua vida, da criatividade e da sensibilidade do doente e daqueles que o rodeiam, revelando o cotidiano, o senso comum, os significados das doenças e as práticas utilizadas para alcançar as curas[10]. Investigamos, através de uma abordagem qualitativa, as concepções de 18 mulheres idosas sobre os calmantes alopáticos (benzodiazepínicos), consumidoras há mais de um ano, pacientes psiquiátricas do serviço ambulatorial do Núcleo de Saúde Mental do Centro Saúde Escola da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo (FMRP-USP). O local das entrevistas foi o próprio Núcleo de Saúde Mental, mediante consentimento livre e esclarecido, e aprovação pelo Comitê de Ética em Pesquisa

Análise dos dados
RESULTADOS E DISCUSSÃO
Findings
CONSIDERAÇÕES FINAIS
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