Abstract
A aprendizagem das relações verbais de tato podem apresentar características de emergência e manutenção diferentes das relações textuais. Essas diferenças despertam particular interesse quando os estímulos que controlam tais operantes verbais pertencem à mesma classe de equivalência e a topografia da resposta é semelhante. O objetivo deste trabalho foi investigar o papel da função reforçadora de cada uma dessas relações na emergência de novas relações. Inicialmente, seis universitários participaram do estudo. Primeiro, foram ensinadas, através de tarefas de matching-to-sample, relações de ouvinte entre palavras ditadas e figuras, e entre palavras ditadas e palavras impressas. Após ensino, foram testadas as relações de equivalência, e a emergência de relações de tato e textual - consideradas relações de falante. Em seguida, os participantes foram submetidos a esquemas concorrentes com encadeamento para verificar a preferência por tarefas. Os resultados indicaram indiferença na preferência por tarefas, o que é consistente com o estabelecimento das relações de equivalência e com o fato dos participantes demonstrarem desempenho similar nos testes de tato e leitura. A ausência de preferência pode ter sido observada em função da indiferença da função reforçadora desses operantes, mas também pelo fato dos participantes terem um vasto e sofisticado repertório verbal.
Highlights
Learning tact verbal relations may present characteristics of emergence and maintenance different from learning textual relations
No momento em que qualquer um dos estímulos que pertencem às relações ensinadas é substituído por outro, sem alterar a probabilidade da ocorrência da resposta, diz-se que os estímulos correspondentes dos três conjuntos (A, B e C) formam uma mesma classe, os estímulos são equivalentes ou mutuamente substituíveis, e dentro da mesma classe têm a mesma função para o organismo (Elias, Goyos, Saunders, & Saunders, 2008; Rodríguez-Mori & Pérez-González, 2005)
No estudo de Sidman (1971), um garoto de 17 anos, institucionalizado, e com deficiência intelectual tateou todas as 20 figuras familiares (100%), mas o desempenho no comportamento textual do nome escrito dessas figuras foi de aproximadamente 75%, após estabelecimento das classes de equivalência
Summary
Participantes Participaram do estudo seis alunos universitários, três do gênero feminino (Irene, Larissa e Nara) e três do gênero masculino (Gabriel, Lucas e Ricardo), com idades entre 22 e 27 anos. Todos recrutados a partir de anúncio em campus universitário de uma cidade do interior paulista. O critério para a participação era de que os participantes não pertencessem ao Curso de Graduação em Psicologia e não tivessem experiências com procedimentos de MTS
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