Abstract

O artigo apresenta dados parciais de uma pesquisa sobre a construção do conhecimento social a partir da perspectiva piagetiana, mais especificamente as ideias das crianças a respeito da escola e do professor. Os participantes do estudo foram 52 crianças entre 7 e 8 anos inseridas em ambientes educacionais diferenciados: um considerado como ambiente tradicional de ensino e o outro considerado como ambiente sociomoral construtivista. O instrumento apresentado aqui, utilizado para coleta de dados, é uma história envolvendo uma situação de não aprendizagem. Os participantes eram convidados a pensar sobre as questões inerentes à história, bem como o papel da escola e do professor na situação proposta. Os dados indicaram não haver diferença entre os dois ambientes no que se refere à construção desse conhecimento social. No entanto, houve diferença muito significativa na maneira utilizada pelos alunos para resolverem os problemas da história: no ambiente tradicional a coerção e a expiação foram mais mencionadas e no ambiente sociomoral construtivista, o diálogo e a cooperação. Os dados apontam ainda para a necessidade do trabalho com esse tipo de conhecimento em sala de aula, visto que as respostas dos sujeitos caracterizaram-se por uma compreensão parcial da realidade, centrada em aspectos mais visíveis e aparentes dos fatos e na não consideração de processos ocultos.

Highlights

  • O instrumento que apresentaremos aqui teve a finalidade de analisar como as crianças viam as possibilidades de ação docente e o papel da escola em uma situação de não aprendizagem

  • A partir do último questionamento: E se ele não aprender o que vai ocorrer?, buscamos compreender qual a sugestão de desfecho para a história que os sujeitos apresentam

  • Tese (Doutorado em Educação) – Universidade Estadual de Campinas, Faculdade de Educação, 2001

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Summary

Sociomoral Construtivista f

O que você acha que a professora poderia fazer? A professora dele, os pais e Deus. O pais iriam ajudando ele em casa e Deus ia ajudando a colocar no cérebro dele, pra aprender tudo isso. Categoria 2 – Por expiação e coação PAB (7,10 AT) Quem poderia ajudá-lo? Categoria 3 – Por cooperação Ao contrário da categoria anterior, as respostas dos sujeitos inseridas aqui apresentam resoluções baseadas em atitudes cooperativas, como ilustra o exemplo a seguir: FAL (8,2 AT) Quem poderia ajudá-lo? O diretor que podia ajudar, chamando a professora de reforço e pedindo pra ela contar uma história pro menininho. A professora do reforço dando reforço pra história que ela contou. O que você acha que essa professora poderia fazer? A quantificação das respostas por categorias é apresentada na tabela a seguir considerando o ambiente escolar pesquisado

Construtivista f
Discussão e considerações finais
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