Abstract
Resumo Este artigo busca refletir sobre o trabalho do ator a partir de personagens androides no cinema de ficção científica. Discutiremos como o recorrente motivo do desmascaramento do androide coloca em questão o rosto e o olhar humanos. De A clever dummy (1917) a Blade Runner 2049 (2017), examinaremos algumas das estratégias narrativas e estéticas que transformam o ator em personagem-máquina, atentando também para possíveis origens da figura do androide na cultura ocidental e para alguns de seus desdobramentos na obra dos artistas Otávio Donasci, Tony Oursler e Denis Marleau.
Highlights
Leitores de retina capazes de revelar a personalidade, como o polígrafo de Blade Runner, parecem um sonho antigo da cultura ocidental
Artigo recebido em 30/11/2017 e aprovado em 15/08/2018
Summary
Resumo: Este artigo busca refletir sobre o trabalho do ator a partir de personagens androides no cinema de ficção científica. De A clever dummy (1917) a Blade Runner 2049 (2017), examinaremos algumas das estratégias narrativas e estéticas que transformam o ator em personagem-máquina, atentando também para possíveis origens da figura do androide na cultura ocidental e para alguns de seus desdobramentos na obra dos artistas Otávio Donasci, Tony Oursler e Denis Marleau. A performance de Turpin precisa funcionar em dois níveis distintos: ele deve ser convincente como uma criatura mecânica para os demais personagens em cena e, ao mesmo tempo, deixar claro para o espectador que se trata do zelador fingindo ser o boneco. Essa performance de Turpin nos leva a ver com clareza como a presença em cena de androides representados por atores humanos prontamente levanta questões sobre a natureza e a figura humanas, sobre o que leva uma criatura a ser considerada humana ou inumana. Essas questões estão inevitavelmente associadas às técnicas empregadas pelo ator na construção do personagem androide: linguagem corporal, expressão facial e vocal, próteses, maquiagem e figurino são alguns dos recursos que permitem ao ator conferir certa familiaridade a uma criatura mecânica ou, ao contrário, suscitar certa inquietante artificialidade em um corpo humano que, de resto, nos seria familiar
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