Abstract

O presente trabalho constitui uma reflexão sobre o impacto que os pressupostos do Movimento Feminista têm causado na produção teórica da Psicologia, provocando uma revisão de suas metodologias e conceitos, e levando a uma nova abordagem científica preocupada agora com o desenvolvimento de formas alternativas de análise das relações entre as mulheres e os homens. Contestando o viés androcêntrico da ciência moderna o Movimento Feminista promoveu o desenvolvimento de formas alternativas de análise das relações entre homens e mulheres e provocou o que poderíamos chamar de uma virada epistemológica nas ciências sociais. Fez-se uma breve alusão ao enquadramento histórico subjacente à emergência da Psicologia, bem como aos princípios que estiveram na base de seu desenvolvimento como ciência. Em seguida aborda-se o modo como o questionamento desses princípios tem levado a Psicologia a compreender o enquadramento das pessoas (mulheres e homens) no mundo social envolvente, a tomada de perspectiva do ser humano com base em aspectos relacionais. Este trabalho pretende abordar os desafios propostos pelo Movimento Feminista à Psicologia e as repercussões de tais questionamentos em suas práticas.

Highlights

  • Em meados do século XX, o Movimento Feminista (MF)[3] ressurgiu como um dos movimentos sociais mais importantes da atualidade, desencadeando questionamentos a respeito dos modelos teóricos seguidos por diversas ciências, principalmente as que têm como objeto de estudo as relações sociais; como não poderia deixar de ser, a Psicologia é uma delas

  • A entrada do MF no campo de produção psi não se deu sem apontar contradições e a necessidade de reposicionamentos desta disciplina

  • Pretende-se aqui pontuar que, enquanto vinculada a uma perspectiva positivista de ciência, não houve o reconhecimento ou o questionamento das implicações da psicologia com tais interesses, na medida em que se afirmava o conhecimento científico como neutro

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Summary

Introduction

Em meados do século XX, o Movimento Feminista (MF)[3] ressurgiu como um dos movimentos sociais mais importantes da atualidade, desencadeando questionamentos a respeito dos modelos teóricos seguidos por diversas ciências, principalmente as que têm como objeto de estudo as relações sociais; como não poderia deixar de ser, a Psicologia é uma delas. Hall (1999) enfatiza sua importância para que se pensasse em termos de política de identidade, para o descentramento do sujeito e para a politização da subjetividade, pontos estes extremamente relacionados ao campo de produção da ciência psicológica.

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