Abstract

Neste texto procuramos discutir a disputa pelo caráter público da educação e suas possibilidades emancipatórias, por meio do registro e da reflexão sobre a trajetória de atuação de um movimento social constituído por pais e mães em Manaus (Coletivo Escola Família Amazonas – CEFA), que vem requerendo um maior espaço de participação na reformulação e implementação da Política Pública de Educação Integral no município junto ao poder público municipal, representado pela Secretaria Municipal de Educação – SME, e nos espaçostempos das escolas públicas.Tal esforço se insere no campo teórico-político-epistemológico das pesquisas nos/dos/com os cotidianos, na perspectiva de dar visibilidade às práticas sociais de natureza emancipatória que estão se desenvolvendo na ampliação da articulação dialógica entre pais e mães-educadores/educadoras-dirigentes da educação pela ofertada de educação integral na rede pública municipal de ensino de Manaus e na busca de “inéditos viáveis”, conforme Paulo Freire, que incorporem a esperança na transformação da educação e na valorização do seu caráter público – em que pese a crise democrática e a retração dos investimentos na educação pública, entre outras questões que estamos atravessando no contexto brasileiro. Mesmo se tratando de um movimento recente e em busca de consolidação, podemos avaliar a atuação desse coletivo de maneira positiva na medida em que busca reposicionar o sentido e a força da participação na educação pública, assentada na vivência democrática e na busca de qualidade da educação socialmente referenciada.

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