Abstract
Diante da importância do parque imobiliário de locação destinado às atividades terciárias nos centros históricos brasileiros, este artigo pretende desenhar um esquema interpretativo do funcionamento desse mercado, tendo como fundamento o centro histórico recifense, em Pernambuco, com base na averiguação dos comportamentos dos seus agentes, os quais agem ora impulsionados a conservar os valores históricos dos bens patrimoniais (conservação inovadora), ora a destruí-los e, assim, aniquilar os valores neles presentes (destruição aniquiladora). Para isso, foi necessário analisar a relevância do rentismo imobiliário; as características dos bens transacionados quanto à heterogeneidade e às perspectivas de aumento da oferta; o perfil e o grau de informação dos agentes; suas condutas em face desses ativos reais e os preços de aluguéis ofertados no mercado.
Highlights
Iniciando o debate A partir da década de 1980, políticas públicas de incentivo à reabilitação começaram a ser implantadas em centros históricos brasileiros
Santo Antônio-Guararapes é caracterizado por lotes entre 800 m2 e 1.600 m2, totalmente ocupados, que abrigam prédios entre seis e doze pavimentos, em cujo andar térreo há galerias que dão lugar a paradas de ônibus
Artigo licenciado sob Licença Creative Commons CC BY-NC 4.0. https://creativecommons.org/licenses/by-nc/4.0/deed.pt_BR
Summary
Iniciando o debate A partir da década de 1980, políticas públicas de incentivo à reabilitação começaram a ser implantadas em centros históricos brasileiros. Relembra-se a presença do rentismo nas cidades brasileiras desde o período colonial e enfatiza-se sua recente dinâmica no Centro Histórico do Recife (CHR), com destaque para a importância das transações imobiliárias de locação destinadas às atividades terciárias no cotejo com as de compra e venda. O resultado da análise evidenciou uma relação estreita entre padrão de ocupação e uso, derivando-se em seis submercados (Figura 2), assim nomeados: Bairro do Recife, Santo Antônio-Guararapes, Santo Antônio-Diario, São José, Imperatriz-Rua Nova e Boa Vista. No Bairro do Recife, o padrão de ocupação caracteriza-se por lotes retangulares alongados, entre 150 m2 e 600 m2, que abrigam sobrados e edifícios ecléticos de até quatro pavimentos, muitos deles restaurados para receber empresas de TIC e economia criativa (EC). Destacam-se as edificações sem uso (32,5%), o que assinala a ocorrência de retenção especulativa, e não a falta de espaço construído, como veiculado, em 2015, pelo Jornal do Commercio
Talk to us
Join us for a 30 min session where you can share your feedback and ask us any queries you have
Disclaimer: All third-party content on this website/platform is and will remain the property of their respective owners and is provided on "as is" basis without any warranties, express or implied. Use of third-party content does not indicate any affiliation, sponsorship with or endorsement by them. Any references to third-party content is to identify the corresponding services and shall be considered fair use under The CopyrightLaw.