Abstract

A enxaqueca, ou cefaleia migrânea, é um dos problemas neurológicos mais comuns na Atenção Primária, afetando mais as mulheres. Ela é caracterizada por episódios de dor de cabeça pulsátil, podendo durar de 4 a 72 horas e acompanhada por sintomas como náusea, sensibilidade à luz e ao som. A condição pode passar por diferentes fases: premonitória, aura, cefaleia e pós-dromo. A enxaqueca com aura visual é marcada por sintomas visuais que antecedem a dor de cabeça. O diagnóstico requer a presença de características específicas em pelo menos 5 crises, incluindo duração, distribuição unilateral, intensidade e sintomas associados. Uma revisão sistemática recente examinou estudos publicados nos últimos 10 anos sobre novos medicamentos para tratar a enxaqueca com aura. Um estudo investigou a eficácia do Rimegepant no tratamento da enxaqueca com e sem aura, mostrando que o medicamento foi mais eficaz do que o placebo na redução do número de dias de enxaqueca e na diminuição das crises em pelo menos 50%. Além disso, o Magnésio e a suplementação vitamínica foram considerados como tratamentos potenciais para prevenir crises de enxaqueca, com o Magnésio mostrando-se útil, especialmente quando combinado com valproato de sódio. O Topiramato também demonstrou potencial na redução da frequência das crises, embora seu uso seja limitado por efeitos colaterais. A solução oral de Celecoxibe, assim como o Galcanezumabe e a Zonisamida foram eficazes e segura no tratamento da enxaqueca aguda, apresentando uma baixa incidência de efeitos adversos gastrointestinais. Apesar dos avanços, os desafios persistem na abordagem personalizada da enxaqueca, e é crucial investir em pesquisa, educação e conscientização para melhorar o diagnóstico e o manejo da condição.

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