Abstract
No centro da reflexão encontra-se o espetáculo Mount Olympus, do renomado criador belga Jan Fabre, obra fundada nas paixões e tramas presentes na dramaturgia clássica grega. A dimensão do trágico torna-se, então, o foco de interesse da análise dessa monumental criação que atualiza, com suas 24 horas de duração, tanto o contexto das longas jornadas dos festivais dionisíacos, quanto a potência catártica do teatro grego por meio da empatia despertada pelo desgaste dos corpos dos performers. A reflexão recorre ao pensamento do filósofo Friedrich Nietzsche e às ideias teatrais de Antonin Artaud para colocar em evidência a importância do coro e a exploração da dilatação do tempo na composição do trágico.
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