Abstract
Resumo A partir do fim do século XV, Portugal compreende-se como uma potência mundial. No entanto, as literaturas da época apontam para a fragilidade do status imperial. Sem rejeitar completamente as lógicas dominantes, as literaturas sublinham a decadência e a destruição deixadas pelo império. Em Pranto de Maria Parda (1522), de Gil Vicente, as crises internas de Portugal tornam-se evidentes, enquanto a poesia de Gregório de Matos enfatiza as crises que a colonização incita a nível global. Os dois poetas retratam o espaço urbano — Lisboa e Salvador da Bahia — como lugar de desintegração imperial.
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