Abstract

Objetivo Analisar e comparar o voice onset time (VOT) em falantes do português brasileiro com e sem gagueira, com foco em três momentos diferentes de discurso: fala fluente, pré-disfluência e pós-disfluência. Métodos Foram feitas gravações da fala de 20 participantes (n=10 com gagueira e n=10 sem gagueira). Os dados foram transcritos e segmentados para análise acústica e segmentos de oclusivas não vozeadas do Português Brasileiro, /p/, /t/ e /k/ foram extraídos. Os segmentos foram classificados por grupo - se foram produzidos por pessoas que gaguejam (PG) ou por pessoas que não gaguejam (PnG) - e de acordo com o contexto/ambiente de fala (ou seja, na fala fluente, na pré-disfluência, e na pós-disfluência). Os testes Friedman e Wilcoxon foram utilizados para comparação dentro dos grupos e o teste de Mann-Whitney, em comparações intergrupos. As análises estatísticas foram executadas usando SPSS 14.0, com nível de significância de α=0,05. Resultados O VOT de falantes com e sem gagueira diferiu mais no ambiente de pré-disfluência, durante o qual, falantes com gagueira apresentaram VOT significativamente mais longo do que falantes que não gaguejavam. Depois de passar por um momento de disfluência, no entanto, o VOT dos participantes com gagueira retornou a medidas semelhantes às pessoas que não gaguejavam. Conclusão Nos ambientes de pré-disfluência e pós-disfluência, as PG produzem VOT mais longos do que as PnG. Já no discurso fluente de PG, as oclusivas se comportam de forma diferente. São discutidas as implicações desses resultados para o controle motor da fala.

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