Abstract

O presente estudo tem por objetivo refletir sobre a noção de vida e sacralidade, na segunda narrativa que compõe o romance Um homem é muito pouco (2010), do escritor maranhense Ronaldo Costa Fernandes. Nele buscarei verificar como o sacro abre possibilidades para pensar o enquadramento do corpo (o grão), a partir da condição trágica do ser (a palha). Para falar do sagrado, pensado aqui apenas como um artificio retórico de enquadramento da vida, partirei da noção de cidadania - termo que visualizo como uma estratégia de controle sobre o corpo. Assim, é sob essa perspectiva que me aproximo das categorias: sacro e profanação, para mostrar como os personagens conseguem rebelar-se à embriaguez do poder, o que os tornam sujeitos facilmente matáveis. Para falar dessas categorias, recorro aos discursos teóricos de Giorgio Agamben em Homo Sacer: o poder soberano e a vida nua (2010) e O uso dos corpos (2017).

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