Abstract
O presente artigo explora as repercussões internacionais do golpe de Estado no Chile, em 11 de setembro de 1973, que resultou na morte do Presidente Salvador Allende, na imposição de um regime burocrático-autoritário e no encerramento da democracia representativa naquele país. Metodologicamente, trata-se de pesquisa de história política. Na redação, adota-se o formato de ensaio de interpretação. Nesse sentido, foi realizada pesquisa em documentação primária consultada no Arquivo Histórico do Ministério das Relações Exteriores - doravante AHMRE. Também foi consultada literatura especializada no assunto, publicada recentemente no Brasil e no exterior. Concluiu-se que o golpe chileno foi um dos acontecimentos mais dramáticos na história das relações internacionais da América Latina.
Highlights
O presente artigo explora as repercussões internacionais do golpe de Estado no Chile
Esse tópico foi abordado exaustivamente na obra de Luiz Alberto Moniz Bandeira (2008)
Essas apreciações certamente foram consideradas no processo de tomada de decisão sobre a recomposição das relações bilaterais e multilaterais do Brasil com o Chile, bem como de outros países com vínculos e interesses na questão chilena. (CERVO, 2001)
Summary
O golpe de Estado no Chile, a morte em martírio de Allende, a implantação do regime. Carlos Federico Domínguez Ávila autoritário e a duríssima repressão contra simpatizantes da Unidade Popular – doravante UP – e de outras agrupações provocaram repercussões imediatas – favoráveis ou contrárias – em quase todas as capitais latino-americanas. Por exemplo, comentou-se o seguinte: Nota-se que preocupações eleitorais tornam difícil a decisão [da manutenção das relações diplomáticas com Santiago], advogando alguns dirigentes do Copei as vantagens de postergá-la, diluindo seu impacto ao longo do tempo que levaria a grande maioria dos países a reconhecer o governo chileno. Com patrocínio e participação oficial levou-se a cabo uma campanha de coleta de remédios e gêneros semelhantes para atender os necessitados no Chile, tendo a primeira partida sido conduzida em avião militar boliviano, o que já foi publicamente agradecido pelo general Pinochet [...] Esses propósitos de colaboração com a Bolívia por parte do novo governo chileno foram reforçadas pela indicação de Pinochet de seu interesse em entrevistar-se com Banzer e chegar ao restabelecimento de relações diplomáticas. Essas políticas neoliberais procuravam incentivar as inversões estrangeiras – especialmente de origem norte-americana – e certamente contrastavam com a proposta de um “desenvolvimento equilibrado e harmônico” para o processo de integração sub-regional
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