Abstract

Apesar da sua longa existência na psicologia, só muito recentemente a investigação psicológica integrou o conceito de género e a comunidade científica assumiu as implicações teóricas e metodológicas que dele resultam, no quadro de um debate epistemológico que tem contribuído decisivamente para o questionamento e a mudança do olhar da disciplina sobre o seu território de reflexão e acção. É deste percurso, tão atribulado quanto produtivo, do conceito de género no seio da psicologia, que se dá conta neste artigo. A resistência da disciplina à ruptura paradigmática exigida pela perspectiva de género é ilustrada, num primeiro momento, com alguns exemplos da prevalecente ambiguidade na distinção entre sexo e género. Seguidamente, discutem-se os obstáculos à mudança de paradigma, em especial na tradição americana, situando a tensão então gerada no seio da disciplina no contexto de emergência dos novos movimentos sociais. Por último, discutem-se os desenvolvimentos recentes da psicologia social europeia, no quadro da articulação entre os modelos da identidade social e das representações sociais, procurando mostrar a consistência teórica que os caracteriza.DOI: http://dx.doi.org/10.17575/rpsicol.v15i1.488

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