Abstract

Este artigo advém de uma pesquisa em andamento sobre o uso que os jornais fazem do passado para legitimarem suas próprias posições nos diferentes sistemas comunicacionais. Ele traz um estudo sobre O Fluminense, jornal centenário de Niterói – RJ, que precisou estabelecer certas estratégias para tentar manter sua posição no mercado local. Uma dessas estratégias foi tentar reconstruir sua própria identidade bem como a de seu público. Ele revela que os jornais não possuem o mesmo significado em qualquer lugar, mas que atendem a diferentes demandas de acordo com cada sociedade. Neste caso, O Fluminense não foi apenas um sinal de modernização, mas justamente um signo de tradição.

Highlights

  • A revista E-Compós é a publicação científica em formato eletrônico da Associação Nacional dos Programas de Pós-Graduação em Comunicação (Compós)

  • Ainda segundo Hobsbawm, nas sociedades contemporâneas, a elaboração e evocação de tradições seriam acentuadas em períodos de instabilidade, de rápidas mudanças, e se refeririam a um passado impreciso, justamente devido à esterilidade de suas referências para novas estruturas, ou como preferimos, pelo significado desfavorável que tal passado representaria para certo grupo social num determinado momento se esse grupo não fosse capaz de rearticulá-lo rapidamente, de modo a potencializar seus lucros simbólicos

  • This article is derived from an ongoing research about how the newspapers use the past to legitimate their own positions in different communicational systems

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Summary

Introdução

Este artigo nasceu de um estudo comparativo entre as edições centenárias de três dos mais antigos periódicos em circulação no estado do Rio: Jornal do Commercio (182 anos), O Fluminense (131 anos) e o Jornal do Brasil (118 anos). Esse mesmo mas que incorpora as comemorações de modo espaço, na sua dimensão simbólica, permanecia noticioso. A edição contém também dois outros cadernos, novo estado do Rio, incorporando então o estado estes sim, especiais: primeiro, o suplemento em da Guanabara. É evidente que este público, estado; e, o segundo, um tabloide em cores com a enquanto conjunto de indivíduos, podia ser o história de O Fluminense. O próprio tempo político já era outro, a partir da demarcação de um novo ponto zero na cronologia da história local: a fusão da Guanabana, em 1975, formulação de descontinuidade que o jornal precisaria rearticular simbolicamente em suas narrativas. Mas esse “novo” teria um sentido de renovação, não de ruptura, porque o que o jornal procurou construir narrativamente foi justamente sua

Capitalizando o simbólico
Entre a enxada e as letras: as fronteiras de um público
Fundindo espaços imaginados
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