Abstract

Neste artigo, é feita uma breve análise de dois filmes brasileiros, Cinco vezes favela (1962) e 5x favela – agora por nós mesmos (2010). Apesar de terem propostas similares – retratar as favelas do Rio de Janeiro e suas problemáticas –, os filmes operam de maneiras muito distintas na forma de representação. A hipótese é a de que isso ocorre porque os filmes têm realizadores de classes sociais diferentes e essa diferença implica em fazerem um filme sobre si ou sobre outros. Em 1962, cinco cineastas de classe média engajados com um projeto político de esquerda; em 2010, cinco diretores do próprio meio social representado no filme. O artigo também levanta alguns pontos da discussão sobre o lugar do intelectual em relação à arte popular e ao povo para quem essa arte se dirige. Para comparação direta, são escolhidos dois episódios, Pedreira de São Diogo e Arroz com feijão, dos filmes de 1962 e 2010, respectivamente, pois ambos trazem crítica e denúncia social, mas com teores bastante diversos de engajamento e didatismo.

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