Abstract

O artigo questiona o suposto cenário fatalista para a organização das instituições, especialmente daquelas de ordem econômica. É o que Roberto Mangabeira Unger chama de ‘ditadura da falta de alternativas’. Diante deste cenário urge pensar sobre as alternativas. Discute aspectos da teoria social de Unger, ao enfatizar a noção das vanguardas produtivas e conectá-las a uma experiência produtiva prática que vem ganhando espaço mundialmente: os FabLabs e o movimento maker. Por meio de pesquisa bibliográfica que caracteriza os principais pontos das vanguardas produtivas, bem como da visita de campo a um FabLab no Rio de Janeiro, concluiu-se que algumas de suas particularidades, como a tolerância com o erro, a revisão das tarefas e a prática do compartilhamento coadunam-se com a noção das vanguardas, de modo a potencializar transformação democratizadora da economia de mercado.

Highlights

  • The article questions the supposedly fatalistic scenario for institutions organization, especially those linked to economic order

  • Entre o desconhecimento da insalubridade e das injustiças mundanas e a aceitação do mundo tal como ele é, marcado por postura desesperançada e proclamada como realismo, reforça-se o discurso do fenecimento espiritual das alternativas ao modo de organização atual da economia de mercado e da política

  • Se a Alegoria da Caverna permite a fuga em direção à iluminação presente no exterior da gruta e a realização da transformação da política, do mundo e de si mesmo, a Jaula de Aço representa a renúncia ao ideário transformador e a completa fatalização do mundo tal qual ele se apresenta

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Summary

Introdução

A organização da economia de mercado e dos sistemas políticos contemporâneos não se anuncia sob o emblema da perfeição. Entre o desconhecimento da insalubridade e das injustiças mundanas e a aceitação do mundo tal como ele é, marcado por postura desesperançada e proclamada como realismo, reforça-se o discurso do fenecimento espiritual das alternativas ao modo de organização atual da economia de mercado e da política. Apresenta-se a teoria antinecessitária de Roberto Mangabeira Unger, com ênfase no seu argumento de defesa do ideário rebelde das alternativas institucionais entremeado pela imaginação criadora. Do ponto de vista prático, analisamos aspectos contidos no modelo FabLab, em específico, e no Movimento Maker, de modo geral, que permitem apontar o caráter transformador de tal iniciativa a partir dos pressupostos de vanguardismo produtivo proposto por Mangabeira Unger. Analisa um determinado tipo de experiência a partir das lentes da teoria social de Mangabeira Unger

A Teoria Social De Roberto Mangabeira Unger
Conclusão
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