Abstract


 Analisa-se a experiência do lugar existencial no conto “Mal-entendidos” (Prantos, amores e outros desvarios, 2016), da escritora portuguesa Teolinda Gersão. A narrativa focaliza o lugar vivido na velhice em meio à incomunicabilidade e ao artificialismo nas relações familiares contemporâneas. A tessitura textual articula a subjetividade ficcional à objetivação do mundo real, enquanto exílio interior, compreendido como atitude de resistência, atualizando a discussão acerca da condição humana dos idosos no século XXI. O aporte teórico se respaldará, fundamentalmente, em Yi-Fu Tuan, Paul Ilie, Maria Heloísa Dias e Simone de Beauvoir.
 

Highlights

  • O conto de Teolinda pontualmente chama a atenção para o fato de que idosos lúcidos, como é o caso da idosa, podem, em decorrência de preconceitos e/ou insensibilidade, não estar sendo vistos como seres humanos ainda detentores de personalidade e com direito ao exercício do arbítrio sobre a própria vida

  • Em uma perspectiva mais ampla, tal observação indica que, em pleno século XXI, tem-se a emergência de uma formação humana que inclua a visão do homem em todas as fases de sua vida, que ele seja livre, o quanto possível, de preconceitos e idealizações, pois, assim como a criança não se configura um adulto incompleto, a velhice não deve significar a perda da humanidade

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Summary

Introduction

O exílio interior em Teolinda Gersão: a experiência de lugar existencial na velhice contemporâneas, representadas ficcionalmente pelo vínculo entre mãe e filho, no momento de suas vidas em que ele está adulto e ela idosa.

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