Abstract
O artigo aprofunda a correlação entre forma urbana e mapeamento de dinâmicas sócio-espaciais, decorrentes do rastreamento de fluxos urbanos com recurso a dispositivos comunicacionais móveis (por exemplo, smartphone e tablet). Entende-se que deve ser incluído na análise morfológica o desdobramento com que atualmente se experiência espaços urbanos, exponenciado pela conexão digital e acesso à internet, com apoio de plataformas digitais que processam grande diversidade de dados individuais e coletivos (exploratórios e estruturados), para além de georreferenciados em tempo real. A profusão de atividades e usos que ocorrem nos espaços urbanos requer o reconhecimento que os fluxos são aspetos-chave na análise da forma urbana. Considera-se determinante rastrear vivências urbanas, mapeando-as. O argumento apresentado prende-se com a convergência da noção de ‘forma-dinâmica’ urbana e o desenvolvimento de mapping de dinâmicas sociais e da apropriação espacial. Alude-se à interoperatividade e à multidimensionalidade de leituras processadas em modo combinatório na análise morfológica, amplificando o estudo da forma urbana. A inter-relação de métodos de análise morfológica deverá tornar explícitas, estruturadamente, regras implícitas de dinâmicas detetadas na forma urbana, consolidando a interdependência entre configuração física do sistema espacial, a perceção que dele se tem e que padrões de apropriações se conformam nos espaços urbanos.
Highlights
O interesse em entrecruzar mapeamentos dinâmicos no estudo da forma urbana e compreensão de dinâmicas sociais (e apropriação espacial) com a análise configuracional, prendeu-se com o facto de também nesta abordagem se ter em linha de conta fluxos e como a configuração física dos espaços condiciona vivências urbanas
O estudo da forma-dinâmica urbana (Viana, 2015), através do mapping de dinâmicas sociais e da apropriação espacial, tem implícita a convicção que está em curso uma alteração significativa no modo como os espaços urbanos são representados e como a cartografia ‘aumentada’ (augmented cartographies – Viana e Carvalho, 2016) pode expressar (de maneira mais completa e plural) não só a forma urbana, mas também a diversidade subjetiva de dados de indivíduos e comunidades – crowd data (Viana e Carvalho, 2016) que a habitam (e como o fazem)
Summary
Surgem âmbitos de análise relacionais e interdependentes, convergindo dialogicamente a dimensão física da estrutura da cidade com os fluxos que ocorrem entre espaços urbanos, tornando possível compreender não só a forma urbana, mas também as respetivas dinâmicas quotidianas que nela se geram.
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