Abstract

Durante uma cerimônia conduzida por uma congregação zionista em Moçambique, para restaurar a fertilidade de um casal mediante o apaziguamento de um espírito enraivecido, foi-me dito que os brancos eram imunes a este tipo de problema pois estavam livres dos espíritos revoltados e da feitiçaria, sendo portanto mais capazes de cooperar entre si. Tal criticismo da "cultura africana" é disseminado entre muitas igrejas protestantes, em particular os Zionistas e Pentecostais, enquanto a Igreja Católica, através de sua noção de enculturação, tenta manter-se próxima à "tradição africana". O artigo examina os significados ligados à "tradição africana" e suas antinomias, "modernidade" e "civilização, em uma tentativa de demonstrar a ampla distribuição do desejo de controlar os males da feitiçaria e da bruxaria, assim como a inveja e ambição que as movem. O artigo se encerra com uma reflexão sobre a maneira como a análise antropológica falhou em considerar o sofrimento que tais crenças refletem e engendram.

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