Abstract

Este trabalho apresenta uma análise acerca da experiência escolar de cegos da cidade do Rio Grande que alcançaram o nível universitário em relação à aprendizagem de Matemática, com o objetivo de compreender como ocorreu o ensino de Matemática, a fim de orientar os processos de formação de professores e, com isto, contribuir para o ensino de Matemática para pessoas cegas. Foram realizadas entrevistas narrativas com estes alunos, no intuito de escutar suas histórias sobre os processos de ensino e aprendizagem de Matemática. A fim de analisar os elementos emergentes destas falas, utilizei a Análise Textual Discursiva. O reconhecimento do outro, a perspectiva dos cegos sobre o sistema educacional e as dificuldades enfrentadas neste percurso escolar foram destados nas falas dos entrevistados. O diálogo surge como categoria emergente das entrevistas, enquanto a experiência estética é apontada como potencial para a abertura à alteridade, em um viés ético da filosofia da educação. Palavras-chave: Ensino de Matemática para Cegos; Formação de Professores de Matemática; Educação Matemática Inclusiva; Materiais Didáticos.

Highlights

  • This study analyses blind college students’ experience regarding Mathematics in Rio Grande, RS, Brazil

  • Discorro acerca dos procedimentos para produção dos dados da pesquisa, as entrevistas com os estudantes cegos

  • Recorro a artefatos estéticos em que a cegueira é protagonista, elementos estes os quais dispõem do potencial de sensibilizar a comunidade escolar para as demandas do aluno cego, de modo que esta possa abrir-se à alteridade

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Summary

Introdução

Este artigo apresenta uma compreensão sobre a experiência escolar em relação à disciplina de Matemática de seis alunos cegos, a partir da escuta das narrativas de suas vivências nos processos de ensino e aprendizagem de Matemática. Este artigo aponta para situações de sucesso escolar de alunos cegos que podem vir a inspirar ações, sobretudo de formação, que venham ao encontro das demandas dos cegos em seu processo de escolarização. Foram realizadas entrevistas com esses seis alunos, no intuito de escutar suas vivências escolares e, principalmente, sua relação com a Matemática e com os professores desta disciplina, ao longo da Educação Básica. A questão orientadora do estudo foi: o que é isso: a aprendizagem de Matemática a partir da experiência de alunos e professores cegos?. Recorro a artefatos estéticos em que a cegueira é protagonista (poemas, vídeos, filmes, livros e charges), elementos estes os quais dispõem do potencial de sensibilizar a comunidade escolar para as demandas do aluno cego, de modo que esta possa abrir-se à alteridade

Contexto da pesquisa
Educação de cegos na cidade do Rio Grande
Metodologia da pesquisa
Metatexto
A “visão” do cego sobre a cegueira
A cegueira de quem não enxerga a alteridade Figura 4
Considerações finais
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