Abstract

O objetivo deste artigo é identificar a relação entre o Grau de internacionalização (GRI), o desempenho financeiro e o desenvolvimento de competências internacionais das Pequenas e Médias Empresas (PMEs) brasileiras. O aumento do GRI, mediado pelo desenvolvimento das habilidades em lidar com o mercado internacional (Knight & Kim, 2009), assegura competências internacionais que podem distinguir as PMEs com alto GRI das PMEs que operam localmente (Penrose, 1959; Teece, Pisano, & Shuen, 1997). Por meio de uma survey aplicada em 114 empresas de até 200 funcionários (Ministério do Desenvolvimento da Indústria e do Comércio Exterior [MDIC], 2010), esta pesquisa testou a hipótese que o aumento do GRI desenvolve competências internacionais e melhora o desempenho financeiro. Devido à utilização de construtos de natureza complexa, a existência de erros e a necessidade de se identificarem múltiplas relações simultaneamente, a modelagem de equações estruturais (SEM) foi utilizada como técnica estatística. Os resultados indicam que, com o aumento do grau de internacionalização, a PME desenvolve competências internacionais e, assim, apresenta um desempenho superior. A relação de mediação do desenvolvimento de novas competências entre o aumento do GRI e o desempenho financeiro organizacional explora uma nova abordagem nos negócios internacionais, principalmente para as PMEs.

Highlights

  • Após a abertura comercial, as barreiras para o comércio internacional continuam existindo, mas as economias mundiais tornam-se mais integradas, o que acaba se refletindo em uma crescente atuação rumo à internacionalização das Pequenas e Médias Empresas (Lu & Beamish, 2001)

  • Esta pode ser a justificativa para que, no País, grande parte das pesquisas que buscam verificar o grau de internacionalização das empresas abordem as de grande porte. (Fleury & Fleury, 2004)

  • Como a fatoração indicou as variáveis orientações para o mercado internacional e a orientação internacional num único fator, verificou-se que, em Knight e Kim (2009), as duas variáveis tiveram a maior relação com competência, e os autores somaram as duas orientações, o que gerou o indicador mais forte do construto competência

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Summary

DEFINIÇÃO OPERACIONAL

É um conceito multidimensional, identificado (a) Vendas no exterior/vendas totais; (b) pelo processo crescente de envolvimento em Número de países para os quais a empresa operações internacionais, que exige a exporta; (c) Quantidade de executivos que GRI adaptação da estratégia, dos recursos e da estudaram ou trabalharam por mais de um estrutura da organização (Coviello & ano no exterior; (d) Modo de operação: Mcauley, 1999; Fujita, 1995; Hollenstein, exportação ou IED; (e) Número de. Verificou-se que algumas variáveis não apresentavam uma carga fatorial satisfatória, por esse motivo, estas foram retiradas na análise (número de anos que a empresa exporta; quantidade de países; % de vendas e a Q11.10 – uma das variáveis do construto competência). Para identificar o construto competências, utilizaram-se medidas que se mostraram significativas no estudo proposto por Knight e Kim (2009), a International Business Competence (IBC), com as devidas adaptações identificadas no decorrer dos estudos e com os necessários ajustes indicados no pré-teste. Como a fatoração indicou as variáveis orientações para o mercado internacional e a orientação internacional num único fator, verificou-se que, em Knight e Kim (2009), as duas variáveis tiveram a maior relação com competência, e os autores somaram as duas orientações, o que gerou o indicador mais forte do construto competência. Após verificar que a fatoração organizou o conjunto de indicadores, que os construtos ainda assim explicavam 70% da variabilidade dos dados, partiu-se para a organização do modelo final apresentado na Tabela 2

ROA Lucro
Análise dos Dados
Considerações Finais
Findings
DESEMP FINANC
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