Abstract

Este artigo delineia a trajetória do mito de Dioniso, a divindade do êxtase embriagador e do lirismo sagrado, e investiga o que distinguimos como sagrado dionisíaco que vai além dos limites abalizados pelo moderado Apolo, bem como rudimentos de danças ritualísticas e o início do teatro grego. Para isso, refaz o caminho de Dioniso na antiguidade, explorando o imaginário da criação e suas diversas expressões fundamentando-se na mitologia, no simbolismo, nos rituais e na arte como pressupostos da sua sobrevivência na Grécia Clássica. O principal objetivo é demonstrar a trama sincrética da simbologia desses elementos nas diferentes expressões culturais onde se enraízam e se originam decisões e atos que configuram as fronteiras entre a objetividade e a subjetividade na concepção da materialidade artística, situando esta na zona transcendente que se transfigura no real. Nesta discussão, aborda-se o aspecto do Ditirambo e de rituais agrários que revivem o simbolismo, o imaginário e ressignificam os mitos arcaicos que se reatualizam e vivificam rituais pré-históricos na contemporaneidade.

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