Abstract

Este artigo surgiu de uma necessidade de refletir sobre um tema antigo, mas ainda pouco levado a efeito na prática litúrgica no contexto brasileiro. Pretende-se, portanto, refletir aqui sobre a inculturação litúrgica no contexto brasileiro, em especial a partir de uma igreja protestante histórica, com o objetivo de propor pistas para um culto que reflita a cultura e o contexto brasileiro, permitindo que o culto cristão seja não só um evento de celebração da vida, mas também de transformação e dignificação da vida, em especial daquelas pessoas que se encontram em situação de vulnerabilidade. O artigo é resultado de um processo de revisão bibliográfica sobre inculturação litúrgica no âmbito evangélico-luterano, mas também católico, da década de 90 (séc. XX), bem como da reflexão sobre o contexto cultural e sócio-político, a reflexão litúrgica em torno à Teologia da Libertação, como base para apontar pistas para uma prática litúrgica inculturada. O artigo está assim organizado: 1) Aporte teórico para pensar a inculturação; 2) Aspectos da cultura brasileira; 3) Realidade do culto no contexto investigado; e 4) Pistas para um culto inculturado, um culto com um rosto brasileiro. Os principais resultados desse estudo é mostrar a relação da incuturação com o contexto social, a relação com os espaços e lugares da vida concreta, com o tempo e a memória e o papel subversivo da festa. A partir desses eixos, parece ser possível não só celebrar o culto, mas em diálogo crítico com a cultura, transformar contextos.

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