Abstract

Este estudo pretende apresentar uma discussão teórica e analítica sobre os processos de significação do verbete golpe dentro de um recorte da história lexicográfica, a fim de compreender os sentidos (des)estabilizados nos dicionários dos séculos XVIII, XIX e XX. Para fundamentá-lo, adotamos o dispositivo teórico-analítico da História das Ideias Linguísticas e da Análise do Discurso de linha francesa. A articulação dessas perspectivas apresenta-se de modo interessante e significativo para discutir os sentidos do verbete golpe, uma vez que uma palavra tem memória e história cujos sentidos evocam um saber e um imaginário sobre a língua. Com este estudo, concluímos que, ao fazer parte da língua imaginária, o dicionário, na história das práticas lexicais, desestabiliza os sentidos e ainda marca confrontos e alianças que, por vezes, são esquecidos ou retomados e transformados em discursos que afetam a historicidade desse verbete numa temporalidade própria para a lexicografia.

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