Abstract

Estratos devonianos são amplamente conhecidos na borda leste da Bacia do Paraná, particularmente no estado do Paraná. No entanto, os estudos são ainda escassos na borda noroeste, especialmente no estado do Mato Grosso do Sul. Durante estudos realizados para este trabalho foram levantados cerca de 120 sítios geológicos e paleontológicos na região, tendo sido identificadas algumas discrepâncias nos mapas de distribuição das unidades do Devoniano (Grupo Campos Gerais/Chapada) no referido estado. Neste trabalho é apresentada uma revisão da distribuição dos estratos do Devoniano no Mato Grosso do Sul, bem como um levantamento dos trabalhos paleontológicos na região que abordaram a típica fauna malvinocáfrica (Pragiano-Emsiano inicial), com intuito de incrementar a discussão sobre a gêneses dos depósitos do Devoniano no estado. A presença desta fauna, aliada a outras evidências estratigráficas, corrobora a não compartimentalização da Bacia do Paraná para esta idade. É levantada a hipótese de um tectonismo concomitante à deposição da Formação Ponta Grossa (=Grupo Chapada II inferior), principalmente para o topo da unidade, sugerida pelo contexto progradacional seguido de um hiato deposicional durante o Emsiano médio ao final do Eifeliano na área. É possível que o Arco de Campo Grande somente tenha adquirido expressividade geomorfológica no Emsiano médio, o que seria refletido na ausência de estratos datados como Emsiano tardio/Eifeliano em áreas aflorantes no estado e diversas outras evidências.

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