Abstract

Este artigo é um desdobramento de uma pesquisa mais ampla conduzida no âmbito de uma dissertação de mestrado e se propõe enquanto um exercício de análise das principais estratégias apresentadas pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), em seus Relatórios de Desenvolvimento Humano (RDHs), para a operacionalização da visão de desenvolvimento estruturada pela própria instituição. Tendo em vista a relevância das discussões sobre o desenvolvimento na agenda multilateral contemporânea, o artigo foi pensado no intuito de traçar um panorama do tratamento do tema no órgão de referência do sistema ONU e, a partir da análise sistemática de uma série histórica de RDHs, suscitar uma avaliação de possíveis pontos de atrito entre os princípios teóricos e conceituais que norteiam o discurso do Programa e os meios propostos nos Relatórios para a promoção de um desenvolvimento em bases humanas e sustentáveis. Os resultados apontam para a existência de alguns pontos limitadores à persecução do modelo de desenvolvimento proposto, abrangendo aspectos de diversas ordens, como o comprometimento da noção de country-ownership e a falta de clareza na definição do perfil de atuação estatal a ser preconizado, e tendo como pano de fundo a discussão levantada pelo pós-desenvolvimentismo.

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