Abstract


 
 O processo de construção de uma carreira
 científica pode ser considerado um trabalho árduo
 e gradativo que requer muita determinação, pois
 demanda grande esforço na compreensão da
 pluralidade de fenômenos que envolvem a prática
 da pesquisa. Por outro lado, a sedução do
 conhecimento traz à tona desafios e embates que
 perpassam a construção de saberes, como a
 manutenção de um elevado número de
 publicações e a busca por inovações conceituais e
 metodológicas.
 Tais
 desafios
 são
 grandemente
 influenciados por características contemporâneas
 da construção de conhecimento
 (1)
 , como por
 exemplo, ubiquidade da informação e da
 educação
 (2)
 , o que se traduz em uma redução do
 período de vigência de conceitos orientadores,
 movimento intitulado por Thomas Kuhn
 (3)
 como
 “revoluções científicas”, no qual ocorrem
 frequentes mudanças paradigmáticas sobre
 determinado assunto. Não obstante a isso, a
 globalização do saber aponta também para a
 possibilidade de pesquisadores trabalharem em
 rede, em um movimento dinâmico, integrador e
 desafiador.
 O dinamismo aliado à construção do
 conhecimento científico indica a disponibilidade
 do pesquisador em abraçar novos objetos de
 pesquisa e perspectivas teóricas que possam gerar
 produtos de impacto para a população, fugindo,
 dessa forma, da ciência intangível, criada por
 poucos e inacessível para muitos.
 O aspecto integrador da construção do
 conhecimento na perspectiva contemporânea
 indica a incorporação de um número cada vez
 maior de temáticas que abarquem necessidades
 coletivas, em que as possibilidades metodológicas
 estão cada dia mais relacionadas à inclusão do
 público-alvo enquanto agente co-participante e
 transformador, principalmente nas pesquisas
 sociais realizadas pela Enfermagem e por outras
 áreas de conhecimento.
 Não
 obstante
 às
 características
 processuais da construção do conhecimento, para
 o êxito deste processo deve-se ressaltar a
 necessidade de adequar a aspetos da dimensão
 humana, a citar: a ética e a solidariedade.
 A ética na construção de conhecimento é
 comumente associada às experiências com seres
 humanos, entretanto, pouco se fala da ética
 interpessoal. Tal dimensão é perceptível no
 respeito ao trabalho do outro, realizando-se assim,
 a devida referência ao que já foi publicado sobre
 uma temática específica e a aproximação aos
 grupos que trabalhem o mesmo eixo temático.
 Ressalta-se que a ética que pensamos inerente ao
 ser humano vem esgarçando-se no campo da
 construção do conhecimento, mas continuamos a
 defendê-la como imprescindível no mundo
 contemporâneo, no qual publicações virtuais são
 
 
 
 
 
 

Highlights

  • Tais desafios são grandemente influenciados por características contemporâneas da construção de conhecimento(1), como por exemplo, ubiquidade da informação e da educação(2), o que se traduz em uma redução do período de vigência de conceitos orientadores, movimento intitulado por Thomas Kuhn(3) como “revoluções científicas”, no qual ocorrem frequentes mudanças paradigmáticas sobre determinado assunto

  • O aspecto integrador da construção do conhecimento na perspectiva contemporânea indica a incorporação de um número cada vez maior de temáticas que abarquem necessidades coletivas, em que as possibilidades metodológicas estão cada dia mais relacionadas à inclusão do público-alvo enquanto agente

  • É necessária a incorporação destas dimensões para que o pesquisador se adeque às necessidades oriundas do mundo contemporâneo e possa, de fato, contribuir e construir conhecimento válido e útil para a sociedade

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Summary

Introduction

Tais desafios são grandemente influenciados por características contemporâneas da construção de conhecimento(1), como por exemplo, ubiquidade da informação e da educação(2), o que se traduz em uma redução do período de vigência de conceitos orientadores, movimento intitulado por Thomas Kuhn(3) como “revoluções científicas”, no qual ocorrem frequentes mudanças paradigmáticas sobre determinado assunto. O dinamismo aliado à construção do conhecimento científico indica a disponibilidade do pesquisador em abraçar novos objetos de pesquisa e perspectivas teóricas que possam gerar produtos de impacto para a população, fugindo, dessa forma, da ciência intangível, criada por poucos e inacessível para muitos.

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