Abstract

O estudo pretende esboçar uma síntese de acontecimentos relevantes que problematize o desemprego da população jovem e seu condicionamento em superpopulação relativa. O percurso metodológico segue o materialismo histórico, que enfatiza a relação dos sujeitos com as condições materiais nas quais eles se perpetuam e atendem suas necessidades. Os resultados mostram que, as políticas keynesianas mostraram-se suficientes para manter os jovens na inatividade. A partir da crise dos anos 1970, num cenário de desemprego generalizado, os jovens passaram a procurar emprego, desconstruindo sua fase de transição para a vida adulta. Seguiram o caminho de inserção no mercado de trabalho e deserção do sistema de ensino de formas precoce (antes de completar sua idade “legal” de inserção laboral e da conclusão formal dos estudos). A pesquisa conclui que esse movimento contribuiu com o aumento das taxas geral de desemprego, sendo o jovem uma reserva “ideal” de trabalho que amplia o Exército Industrial de Reserva. Assim, o capital passa a dispor de um vasto reservatório de trabalhadores disponíveis que se estende e se amplia assustadoramente e mantém as condições de exploração da classe trabalhadora em condições de trabalho abaixo do nível médio, fornecendo ampla base para a exploração do capital.

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