Abstract
O artigo analisa as várias vertentes do desenvolvimentismo, procurando destacar as suas origens teóricas e justificar, por meio delas, as diferentes prescrições de políticas econômicas. Em seguida, o artigo toma partido no debate, por meio de discussão resenhada dos trabalhos recentes sobre os modelos de crescimento export-led, demand-led, debt-led, profit-led e wage-led.
Highlights
Introdução O objetivo deste artigo é contribuir para o debate recente no interior da agenda desenvolvimentista
Porém, os acordos, e os debates que ora se verificam no interior do desenvolvimentismo brasileiro, acham-se centrados no tipo de demanda que se quer estimular para garantir o crescimento, com consequências sobre as prescrições de políticas privilegiadas em cada abordagem
Qualquer tentativa do Governo de estimular o crescimento via aumento de consumo ou investimento, ou via criação de moeda que estimule a demanda privada tende a pressionar os preços por aumento liquido de gastos, já que, para esses autores, tais impulsões monetárias não ampliam o investimento de forma duradoura, uma vez que a moeda é considerada neutra a curto ou a longo prazo
Summary
O primeiro ramo do desenvolvimentismo, que aqui denominaremos de desenvolvimentismo precursor, tem como um de seus líderes mais marcantes Bresser-Pereira (1991, 2004, 2005, 2007, 2011). As ideias da Cepal estão profundamente associadas à discussão do desenvolvimento econômico e, portanto, às tendências de longo prazo da economia (Furtado, 1961), ainda que em alguns momentos se observem as interfaces destas com as determinantes de modelos focados no curto prazo. Dentre esses elementos cabe destacar a ênfase posta na questão do subdesenvolvimento como elemento associado ao próprio desenvolvimento capitalista, caracterizado por uma heterogeneidade estrutural marcante e pela inserção periférica de sistemas com essas características no comércio internacional. O terceiro grupo tem natureza estruturalista também, mas trabalha com uma perspectiva mais próxima dos estruturalistas de esquerda, contendo ideias póskeynesianas, em particular sobre o papel mais discricionário do Estado, sendo mais próximo do marxismo em vista da preocupação mais associada à melhor inserção do trabalhador na relação capital-trabalho. De forma a melhor apreendermos as razões teóricas que sustentam as prescrições de políticas dos três grupos, chamaremos atenção para alguns tópicos de desacordo quanto ao papel do Estado e da moeda, que os levam a perceber políticas de natureza distintas
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