Abstract

Busca-se neste ensaio refletir sobre a escalada em ambiente natural enquanto uma prática emancipatória de imersão na natureza, em que o participante pode se transformar o longo do trajeto, sentindo-se mais integrado ao meio, potente corporalmente e com os sentidos aguçados. Para tanto, faz-se análise da teoria de fluxo apresentada por Mihaly Csikszentmihalyi, relacionando os elementos de desfrute elencados pelo autor como presentes na experiência ótima, com as potencialidades do corpo em movimento na escalada percebidas e analisadas pelo filósofo e montanhista francês Michel Serres. São investigados os treinamentos necessários para a prática, os riscos envolvidos na ação e a qualidade da experiência empreendida. Propõe-se o termo corpo-em-fluxo enquanto postura ecológica, trazendo a possibilidade de se pensar em estados corporais específicos que permitem ao praticante transformar-se ao longo da atividade.

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