Abstract

Se o convívio e o diálogo entre ego e alterego é conflituoso, e as divergências parecem exacerbadas nesse período pandêmico por Covid-19 pelo qual passamos, em meio a esta conjuntura, qual o grau de admissão em nossa existência, ou nas diversas esferas de tomadas de decisões cotidianas, perante aqueles que denominamos de Outro? Esse Outro, a todo o momento (re)construído discursivamente, é esquecido e/ou silenciado? Apresentar possibilidades de respostas a essas perguntas é o objetivo geral do presente trabalho. De forma específica, objetiva-se apontar, por meio das estratégias retóricas de convencimento envolvendo o afeto presentes nos enunciados observados, uma proposta de medição do nível de assimilação do Outro na vida do Si. Baseando-se nas vertentes semióticas ditas Tensiva e Sociossemiótica, metodologicamente são apontados efeitos de sentido em análises de enunciados extraídos de reportagens que tratam sobre: a entrega de alimentos a pessoas em situação de rua; à confecção de uma cartilha sobre cuidados sanitários no idioma Guarani; uma denúncia feita à Justiça sobre comentários racistas referentes a indígenas; e sobre um projeto de extensão universitária de acolhimento a imigrantes. Como resultado dos apontamentos pode-se inferir que a relação Si-Outro não é harmônica, mas de dissenso, e que, a partir das análises sobre o afeto, seguindo Zilberberg e Landowski, podem ser graduadas.

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