Abstract

Este artigo tem como objetivo discutir a noção de (inter) subjetividade com base na Gramática Cognitiva de Langacker (1987, 1990, 2008), em especial no tocante à noção de perspectiva, e em outros autores que tratam do tema. Compreende-se o conceito de intersubjetividade como um mecanismo que estabelece um elo conceptual entre as construções completivas epistêmicas em inglês, em especial aquelas de moldura sintática do tipo [SN VEpist [that S]], que tendem a co-ocorrer com outras construções intersubjetivas complexas, como as construções pseudo-clivadas, as construções condicionais, as construções interrogativas e as construções negativas. A partir de dados reais de fala coletados por Almeida (2010) bem como retirados de corpora eletrônicos como o BNC e o COCA, postula-se que o conceito de intersubjetividade se verifica tanto no plano linguístico, em termos explícitos à estrutura linguística, demonstrando atenção à perspectiva oferecida pelo interlocutor (TRAUGOTT; DASHER, 2005); quanto em termos implícitos, na atitude do falante ao conceptualizar o evento de fala sob uma determinada perspectiva (LANGACKER, 1987, 1990, 2008; VERHAGEN, 2005; NUYTS, 2001), que não se encontra alinhada com as demais disponíveis no fluxo discursivo. Os dados analisados confirmam a hipótese de que as construções sintáticas em relevo exibem intersubjetividade tanto em termos conceptuais quanto estruturais, permitindo reivindicar o conceito como um elo conceptual que une essas construções em rede.

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