Abstract

O artigo discute os principais conceitos que possibilitaram o desenvolvimento da semiótica greimasiana e explora a relação entre a teoria da significação e a fenomenologia de Merleau-Ponty. A semiótica desenvolve um instrumental analítico para examinar as diversas manifestações da linguagem e retoma estudos baseados na fenomenologia. O conceito de corpo é fundamental no pensamento fenomenológico, já que os fenômenos físicos são percebidos pelas sensações corpóreas. São apresentados os conceitos de geração e conversão, propostos por Greimas, e será discutida a relação entre esses conceitos e o conceito de percepção. Segundo essa perspectiva semiótica, o homem reconhece a existência dos fenômenos físicos por meio dos sentidos fisiológicos, que percebem tanto estímulos internos quanto externos em relação ao corpo. Assim, compreende-se que a experiência linguística está ligada à atividade sensório-motora, de modo que a semiótica enfatiza o papel da percepção na produção de sentidos e isso possibilita a análise da significação em seu processo, que é compreendido como uma relação sensorial tensiva entre os domínios da visada e da apreensão. O texto mostra como a fenomenologia fundamenta os desenvolvimentos conceituais da semiótica discursiva, principalmente a semiótica tensiva proposta por Zilberberg e Fontanille.

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