Abstract

O presente artigo apresenta resultados parciais de levantamento da presença do conceito de conotação nos textos de A. J. Greimas. Para organizar os dados, utilizou-se como critério as afinidades conceituais observadas em cada ocorrência do termo, bem como as possíveis conexões com outras questões correntes na semiótica da Escola de Paris. Neste artigo, serão discutidas e interpretadas as ocorrências da conotação articuladas sob três perspectivas teóricas específicas, a saber, a noção de sens commun, a veridicção e as isotopias. O primeiro discute as diferentes acepções do termo sens commun e traça as possíveis consequências dessa ambiguidade para o estudo de Greimas sobre as semióticas conotativas de Hjelmslev conforme apresentado em “Para uma sociologia do senso comum” (GREIMAS, 1975a). O segundo põe em evidência as possibilidades de trabalhar em termos de isotopias conotativas e denotativas as questões relacionadas ao jogo de fechamento e abertura de significações operado pelas relações entre a estrutura e a historicidade do texto. O terceiro trabalha com as relações entre a conotação e a veridicção, especialmente no que concerne à “atitude das culturas face aos seus signos”, conforme a formulação de Yuri Lotman retomada por A. J. Greimas. Mais do que realizar um levantamento quantitativo exaustivo, o presente trabalho visa antes propor uma discussão crítica sobre o papel, ainda que marginal, do conceito de conotação na obra de Greimas.

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