Abstract

Desde o século XVII, estudos sobre os impactos climáticos em áreas urbanas são vistos como manifestação adversa, e na climatologia geográfica, o problema foi interpretado inicialmente como derivação ambiental. Para contribuir com essa discussão, o presente manuscrito busca ajustar concepções clássicas e contemporâneas, indicando como o clima urbano pode ser visto também como construção social. Amparada na Geografia do Clima, a proposta foi aplicada ao estudo do clima urbano de Santos, no litoral do estado de São Paulo. Os resultados indicam que o clima urbano santista constitui-se pela relativização dos perigos naturais e na seletividade do impactos climáticos. São as formas-conteúdo e espaço-temporalidades de suporte, mitigação e superação construídos no decorrer do desenvolvimento histórico, que organizam a cidade em diferentes níveis de vulnerabilidade e exposição e desastres naturais. Esses processos auxiliam na qualificação do clima urbano como risco climático, isto é, uma construção social que transforma o fenômeno natural em problema social..

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