Abstract

Neste artigo pretende‑se refletir sobre a relação entre o cinema e a história, considerando‑ se o filme como objeto de análise e instrumento de investigação, assim como construtor de ambientes históricos e de paisagens. Será por isso discutido o papel do cinema como produtor/reprodutor de momentos e de espaços, sendo invocadas e discutidas as posições de autores como Smith (1976), Ferro (1998), Kaes (1990), Morettin (2004), Protat (2009), Reigada (2013), entre outros. Tendo como base esta linha de ideias, assim como tomando em conta a dinâmica das migrações contemporâneas, será apresentado um estudo de caso que contribuirá para a compreensão dos sistemas migratórios transoceânicos do séc. XX. Para isso será realizada a análise de conteúdo do filme “The Immigrant” (1917), de Charlie Chaplin, tendo como foco a relação entre tempo, espaço e imagem fílmica.

Highlights

  • O estudo de fenómenos científicos em Ciências Sociais e Humanas requer a diversificação das fontes de pesquisa, assim como dos instrumentos de trabalho

  • In this article it is intended to reflect on the relationship between cinema and history, considering the film as an object of analysis and an instrument of research, as well as a builder of historical environments and landscapes

  • It will be discussed the cinema’s role as the producer/reproducer of moments and spaces, being cited and discussed the positions of authors such as Smith (1976), Ferro (1998), Kaes (1990), Moretti (2004), Protat (2009), Reigada (2013), amongst others. Based on this line of ideas, as well as taking into account the dynamics of contemporary migrations, it will be presented a case study which will contribute towards the understanding of transoceanic migration systems in the 20th century

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Summary

O Cinema e a História na compreensão do cronotopos

O estudo de fenómenos científicos em Ciências Sociais e Humanas requer a diversificação das fontes de pesquisa, assim como dos instrumentos de trabalho. Anton Kaes[9] concorda com esta ideia, ao enfatizar o papel dos realizadores de cinema, pois considera­‐os como agentes de disseminação do conhecimento histórico, já que conseguem atingir um público mais vasto do que o académico, nomeadamente o cidadão comum. O filme materializa uma dimensão cronotópica diferenciada do que se considera “real”, seja porque se baseia na construção de cenários (paisagens) e de ambientes (épocas) diferenciados que, segundo Velez de Castro e Almeida[12] tanto podem ser de caráter intencional (reinterpretações) como tendo origem na ausência de consultoria científica (erros). Perante a perspetiva destes autores, está justificada a importância do cinema para explicar a cronotopia dos factos, pelo que faz sentido entender o filme como instrumento de trabalho em contexto científico. O uso do filme como recurso didático no ensino da história”, História e Ensino, 10 (2004), p. 78

O filme como instrumento de trabalho em História
Conclusão
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