Abstract

As cidades possuem a capacidade de gerar o seu clima próprio, decorrente das transformações de sua superfície em consonância com seus atributos geoecológicos. Nesse contexto, o trabalho objetiva-se a analisar se o processo de urbanização, associado às mudanças nos padrões de uso e ocupação da terra foram capazes de alterar as condições térmicas no distrito de Carapina – Serra/ES, ao ponto de caracterizar no mesmo a existência de uma ilha de calor atmosférica. Para isso, utilizou-se transects fixos e móveis realizados no verão, sob atuação do sistema anticliclonal semi-fixo da América do Sul (ASAS). Os resultados mostram que as áreas mais aquecidas ficaram bem definidas nos períodos matutinos e vespertinos. Na análise noturna, o campo termal apresentou comportamento homogêneo. A maior amplitude térmica foi observada às 16h00min. De maneira geral, os pontos localizados na porção litorânea apresentaram temperaturas mais amenas em relação ao interior. O diagnóstico confirmou que as mudanças de uso e cobertura da terra, associadas às características do relevo local, bem como à dinâmica de brisas marítimas e terrestres, influenciam diretamente no comportamento térmico do ar atmosférico.

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