Abstract

Em 1889, patrocinada pelo governo do Império e organizada por Francisco J. de Santa-Anna Nery para a Exposição Universal de Paris, era publicada a obra Le Brésil en 1889. O livro tinha como objetivo exaltar o Império do Brasil, fazendo um balanço dos "progressos" vividos pela monarquia nas últimas décadas - dentre os quais se destacava a abolição da escravidão. Entre seus autores estão alguns nomes importantes da elite política e intelectual brasileira desse período, como Rio Branco, André Rebouças e Eduardo Prado. Nosso objetivo é analisar os textos dos autores da coletânea sob a dupla perspectiva da modernização econômico-social e da questão da formação do povo brasileiro. Trata-se de verificar como esses temas foram tratados numa obra desenvolvida para "consumo externo". Enfim, que imagem de Brasil se projetava - oficialmente - em 1889, finda a escravidão e às vésperas da República.

Highlights

  • O ano de 1889 marcou o centenário da Revolução Francesa e, dentro das comemorações, idealizou-se uma nova Exposição Universal em Paris

  • a publication organized by Francisco J. de Santa-Anna Nery

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Summary

Rossana Rocha Reis

O ano de 1889 marcou o centenário da Revolução Francesa e, dentro das comemorações, idealizou-se uma nova Exposição Universal em Paris. Tornar o Brasil um interlocutor preferencial do mundo civilizado na América do Sul. Este não representa simplesmente o projeto do Império ou da República, mas sim de uma elite dirigente e intelectual que transitou nos dois regimes e que, acreditamos, poderia ser exemplificada de maneira mais acabada pelo Barão de Rio Branco. Pedro I, aos 36 anos, em Portugal, é apontada como o estopim para a rearticulação dos partidos brasileiros entre conservadores e liberais, que segundo sua análise vai ser o eixo articulador da política no país: “Desde 1836, toda a história política do Brasil resume-. É essa a tônica de todo o livro, que aparece na interpretação histórica de Rio Branco assim como nas análises sobre imigração e zonas agrícolas de Eduardo Prado e Rebouças: em todos a figura do imperador emerge tanto como ator central da manutenção da unidade e da paz, quanto como agente da transformação e do progresso do país. Maria Fernanda Lombardi Fernandes é professora do Departamento de Ciências Sociais da Unifesp. 112 Rossana Rocha Reis é professora do Departamento de Ciência Política da USP

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