Abstract

As mudanças provocadas pela Lei n.º 13.415/2017 na seção da LDB/1996 referente ao Ensino Médio alterou a concepção desta etapa de ensino e redirecionou suas finalidades. Neste artigo são apresentados dados de uma pesquisa-ação em sete escolas que acompanha a implementação do Novo Ensino Médio na rede estadual paulista, envolvendo ainda análise bibliográfica-documental e intervenções nas práticas educativas. O objetivo é analisar repercussões da organização curricular da Secretaria de Educação no trabalho pedagógico e na formação dos estudantes, e como estas escolas estão construindo propostas curriculares num processo crítico e criativo, respaldado na autonomia e na participação democrática. Resultados da investigação mostram que a organização curricular baseada em 276 componentes curriculares, vinculados a 11 itinerários formativos, fragmentou os conteúdos escolares e inviabilizou a organização de um trabalho pedagógico favorável à aprendizagem e à formação dos estudantes. A organização dos conteúdos dos componentes e das disciplinas do Inova Educação articulados às disciplinas da base comum, realizada pela pesquisa, mostrou-se interessante, porém, a não garantia de que sejam ministrados por docentes da licenciatura prioritária compromete o potencial da proposta para minimizar efeitos negativos da reforma na formação dos estudantes e no trabalho docente.

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