Abstract
RESUMO Este artigo reflete sobre o apoiador institucional do Ministério da Saúde a partir da avaliação de implementação do Projeto QualiSUS-Rede. Utiliza-se o referencial de atores intermediários, inspirado na Teoria Ator-Rede, adaptada ao objeto do estudo. Entrevistaram-se treze apoiadores, explorando-se as operações de translação e os domínios de mediação cognitivos, estratégicos e logísticos. Os resultados indicam a legitimação da função apoio como unidade organizacional, embora com pouca autonomia gerencial e financeira, diluindo a possibilidade desses atores de produzir e gerenciar conexões inovadoras para a construção de alianças, encaminhamentos e superação de conflitos e controvérsias.
Highlights
Quando as conexões são contingenciadas por situações restritas, é problemático ultrapassar os limites para se descobrir que, além dessas conexões e, muitas vezes, em conflito com elas, encontra-se um possível não experimentado
Os resultados serão apresentados segundo as perguntas referenciadas nas operações de tradução, considerando os domínios de mediação como definidos por Clavier et al (2012), ou seja, cognitivas, estratégicas e logísticas, e as múltiplas interfaces de relações dos diferentes actantes
Alguns mecanismos foram mobilizados para a materialização das alianças entre apoiadores do QSR e os das redes temáticas na medida em que a convergência de competências entre eles facilitava a harmonização de processos de trabalho comuns
Summary
Fonte : Adaptado de Clavier et al (2011). A grande diversidade de subprojetos faz dos resultados aqui apresentados apenas uma interpretação baseada em questões priorizadas no seu conjunto. Com o objetivo de sistematizar e caracterizar as conexões identificaram-se interfaces multirrelacionais entre os actantes, tais como: apoiador-apoiador; apoiador-apoiador temático; apoiador-UGP (Unidade Gestora do Projeto); apoiador-Grupo Condutor; apoiador-Conasems (Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde), apoiador-SES e todas as combinações possíveis. As que se destacaram com evidências de problematização, mobilização e construção de alianças foram: apoiador-apoiador temático; apoiador-UGP; apoiador-Grupo Condutor, objeto principal desta análise. É necessário frisar que essa escolha não se deu apenas pela frequência com que as questões foram problematizadas, mas considerou o potencial de controvérsia, de desencadeamento de novas conexões e de consolidação das já existentes
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