Abstract
A partir de alguns textos de Rancière, este artigo procura estabelecer uma diferença entre a pedagogia e o pedagógico. Esta diferença condiciona uma outra, entre o aluno e a infância - pela qual a infância designaria o vácuo que separa o aluno de si mesmo. Esse vácuo é entendido como potência de movimento e como ex-posição - carga de resposta que se põe em marcha. Pode-se, então, definir a pedagogia como uma viagem que leva à des-carga, ao esquecimento da carga. Por sua vez, o pedagógico, ou o espaço pedagógico, abre-se com a interrupção da pedagogia e a manifestação da infância. Apenas nesse espaço poderá o mestre aparecer, e aparecer justamente como aquele que, em certo sentido, mantém o homem na infância, ao colocar sua própria infância em jogo.
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