Abstract

Esse artigo objetiva analisar as dinâmicas da racionalidade neoliberal e sua produção de neosujeitos, tendo a figura do doping como fio condutor e problematizado a partir de duas perspectivas: a própria estrutura de competição generalizada, que dopa as subjetividades em torno de um desejo de felicidade e autorrealização, bem como a cultura medicamentosa em si, que intensifica o uso de fármacos, tanto para o melhoramento de performances quanto para o alívio dos sentimentos de depressão e angústia existencial. Através de um paralelo com a literatura, articula-se o ambiente descrito pela narrativa distópica de Aldous Huxley, presente na Obra “Admirável mundo novo”, com a nova fábrica de subjetividades do mundo contemporâneo que, ao alinhar-se em grande medida aos ditames da racionalidade neoliberal, produz uma sociedade dopada e carente de narratividades.

Highlights

  • This article aims to analyze the dynamics of neoliberal rationality and its production of neosubjects, taking the figure of doping as the guiding thread and problematized from two perspectives: the structure of generalized competition itself, which doped subjectivities around a desire for happiness and self-realization, as well as the drug culture itself, which intensifies the use of drugs, both to improve performances and to alleviate feelings of depression and existential distress

  • Portanto, dessa dupla concepção de doping na saúde psíquica dos neosujeitos são os gatilhos que guiarão essas linhas

  • O filtro da medicalização para a produção da subjetividade

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Summary

Revista Opinião Filosófica

O admirável neosujeito: doping como narrativa política e seus efeitos na saúde psíquica. Esse artigo objetiva analisar as dinâmicas da racionalidade neoliberal e sua produção de neosujeitos, tendo a figura do doping como fio condutor e problematizado a partir de duas perspectivas: a própria estrutura de competição generalizada, que dopa as subjetividades em torno de um desejo de felicidade e autorrealização, bem como a cultura medicamentosa em si, que intensifica o uso de fármacos, tanto para o melhoramento de performances quanto para o alívio dos sentimentos de depressão e angústia existencial. Através de um paralelo com a literatura, articula-se o ambiente descrito pela narrativa distópica de Aldous Huxley, presente na Obra “Admirável mundo novo”, com a nova fábrica de subjetividades do mundo contemporâneo que, ao alinhar-se em grande medida aos ditames da racionalidade neoliberal, produz uma sociedade dopada e carente de narratividades.

Do sujeito moderno ao admirável neosujeito
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