Abstract

Introdução: Há múltiplas evidências da associação entre doenças mentais e baixos níveis de ácido fólico. O objetivo deste estudo foi avaliar a prevalência da deficiência de ácido fólico numa amostra de doentes da consulta externa de psiquiatria.Métodos: O estudo foi retrospetivo e incluiu 428 doentes da consulta externa de psiquiatria com os diagnósticos de depressão ou de psicose não afetiva, nos quais os níveis de ácido fólico tinham sido avaliados em análises de rotina. Foram também registados os níveis de ácido fólico de outros doentes do hospital, no mesmo período temporal.Resultados e Discussão: A prevalência de deficiência de ácido fólico nesta amostra foi de 18%. Os doentes não psiquiátricos com fatores de risco para deficiência de ácido fólico tiveram uma prevalência de 15% de deficiência. Nos homens e em doentes mais jovens os níveis de ácido fólico foram significativamente mais baixos, a prevalência de deficiência atingiu os 26%.Conclusão: A alta frequência de deficiência de ácido fólico nesta amostra de doentes comprova que os níveis de ácido fólico devem ser avaliados sistematicamente em doentes da consulta de psiquiatria com diagnósticos de depressão ou psicose, para evitar persistência de sintomas e resistência ao tratamento.

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